2ª Geração

Alguns Destaques da 2ª Geração

 (1953-1964)
• Tecnologia:Transistor e Memórias Magnéticas
• Primeiras Linguagens de Programação: Assembly,Fortran,Cobol
• Primeiros sistemas operacionais
• Dispositivo de E/S:cartões perfurados e fitas magnéticas
 

Transistor e a redução dos computadores

Em meados de 1947 e 1948, os estudos realizados por Willian Shockley, Jonh Bardeen e Walter Brattain, levam ao aparecimento de um novo componente que revolucionou o mundo da eletrônica e da informática: Transistor. Desenvolvido em 1952 pela Bell Laboratories, o Transistor passou a ser um componente básico na construção de computadores, assinalando o início da Segunda Geração de Computadores. Este componente baseava-se nas propriedades semicondutoras de alguns elementos tais como o germânio e o silício, representando assim uma versão de válvula em estado sólido. Suas principais vantagens sobre a válvula: tamanho reduzido, menor dissipação de calor, menor consumo de energia elétrica, apresentava maior velocidade de operação, mais confiável e sujeito a menores danos mecânicos, mais econômicos.

Transistores em 1965

Linguagem de programação

Nesta geração de computadores inicia-se a imposição do termo Software para a parte lógica da informática, composta basicamente por programas e dados, e Hardware, para a parte física da informática, composta por discos, máquinas, cabos entre outros. Se houve uma crescente evolução nos computadores em termos de hardware, também o mesmo aconteceu com as linguagens de programação desde o ENIAC. Até então a programação era feita em linguagem de máquina, classificada como linguagem de baixo nível, por razão de muito se distanciar da linguagem utilizada por nós. Além de a codificação ser feita toda de acordo com o sistema binário, não apresentava nenhuma facilidade para ser projeta, editada e ser efetuada manutenção de programas. 
Estas linguagens foram substituídas pelas linguagens de montagem, conhecidas como Assembly, que contém a mesma instrução das linguagens de máquina, só que representadas por uma sequencia de códigos simbólicos, que se convencionou chamar de mnemônicos. A vantagem que esta linguagem apresentou sobre as linguagens de máquina foram que ao invés de utilizar uma seqüência numérica desde o seu desenvolvimento, passaram a ser desenvolvidas através do formato de códigos, que permitiram uma melhor visualização, aumentando a confiabilidade, eficiência e rapidez no seu desenvolvimento. 
Porém ainda que a linguagem Assembly tenha proporcionado um grande avanço tecnológico, manteve a certas dificuldades como, por exemplo, o fato de que os programas só poderiam ser executados em computadores com o mesmo sistema operacional, do qual o programador era obrigado conhecer detalhes. Embora possuíssem as dificuldades apresentadas acima, as linguagens de montagem são utilizadas até hoje, mais precisamente no desenvolvimento de software básico, mas desde meados da década de 90, o seu uso decaiu de maneira drástica. Visando uma solução menos complicada, surgiram anos após as linguagens de Alto Nível. Dentre as primeiras podemos destacar a Fortran e a Cobol. 

 

Sistema operacional

O sistema operacional permite a organização dos processos criando a interfase necessária para que os elementos como, teclado, mouse, monitor, memória, HD, processador e demais periféricos, sejam controlados e utilizados por um usuário final.
Os sistemas operacionais são parte fundamental dos computadores, são responsáveis por organizar os processos (programas), que estão sendo executados pelo processador, criando uma fila de processos que garante que todos receberão sua parcela de processamento.
 

Existem diversos tipos de Sistemas Operacionais

Sistema operacional é o software responsável pela criação do ambiente de trabalho da máquina. Sendo a camada intermediária entre o aplicativo e o hardware da máquina. Alem de organizar o controle de processos da CPU.
 
Sistema Operacional - Controle de processos da CPU
 

Sistemas Monotarefas

Os primeiros sistemas operacionais eram capazes de executar apenas uma tarefa de cada vez, o que causava o travamento da máquina ate o processo desocupar o processador.
 
 

Sistemas Multitarefas

Permite ao sistema realizar diversas tarefas simultaneamente em um único processador. Na verdade ele divide o uso do processador de acordo com as necessidades do sistema, afim de manter todas as tarefas em execução ao mesmo tempo.
 

Sistemas Multiprocessadores

Sistemas formados pela combinação de 2 ou mais processadores o que permite uma melhor distribuição dos cálculos acelerando os processos e disponibilidade do sistema.
 

Sistemas embarcados

São sistemas direcionados para máquinas pequenas e aparelhos autônomos como computadores de bordo e sondas espaciais. Geralmente possuem a capacidade de trabalhar com recursos limitados.
 

Sistema em tempo Real

Sistemas geralmente utilizados na indústria, com precisão quanto a questão do tempo de resposta  e execução das tarefas.  Esses sistemas não podem apresentar falhas, pois muitos recursos podem depender de seu funcionamento, e algumas vezes até vidas humanas.
Sistemas Operacionais podem ser criados para funções específicas como sistemas multiusuários, servidores, dispositivos portáteis, redes, controle de máquinas e sistemas distribuídos.
 
 

Os primeiros sistemas operacionais

Década 50 – O conceito de sistema operacional apareceu durante a segunda geração da computação moderna (1955 – 1965), desenvolvido pela GM Laboratories  para o computador IBM 701 através da programação em Batch que utilizava cartões perfurados e depois fitas magnéticas.
1961 –  O grupo do pesquisador Fernando Corbató, do MIT, anuncia o desenvolvimentodo CTSS – Compatible Time-Sharing System, o primeiro sistema operacional que possuía compartilhamento de tempo.
1965 – A IBM lança o OS/360, um sistema operacional avançado, com compartilhamentode tempo e excelente suporte a discos.1965 : um projeto conjunto entre MIT, GE e Bell Labs define o sistema operacionalMultics, cujas idéias inovadoras irão influenciar novos sistemas durante décadas.
1969 –  Ken Thompson e Dennis Ritchie, pesquisadores dos Bell Labs, criam a primeiraversão do UNIX.
1981 –  A Microsoft lança o MS-DOS, um sistema operacional comprado da empresaSeattle Computer Products em 1980.
1984 –  A Apple lança o sistema operacional Macintosh OS 1.0, o primeiro a ter umainterface gráfica totalmente incorporada ao sistema.
1985 –  Primeira tentativa da Microsoft no campo dos sistemas operacionais com interfacegráfica, através do MS-Windows 1.0.
1987 –  Andrew Tanenbaum, um professor de computação holandês, desenvolve umsistema operacional didático simplificado, mas respeitando a API do UNIX, quefoi batizado como Minix.
1987 –  IBM e Microsoft apresentam a primeira versão do OS/2, um sistema multitarefadestinado a substituir o MS-DOS e o Windows. Mais tarde, as duas empresasrompem a parceria; a IBM continua no OS/2 e a Microsoft investe no ambienteWindows.
1991 –  Linus Torvalds, um estudante de graduação finlandês, inicia o desenvolvimentodo Linux, lançando na rede Usenet o núcleo 0.01, logo abraçado por centenas deprogramadores ao redor do mundo.
1993 –  A Microsoft lança o Windows NT, o primeiro sistema 32 bits da empresa.
1993 –  lançamento dos UNIX de código aberto FreeBSD e NetBSD.
2001 –  Apple lança o MacOS X, um sistema operacional derivado da família UNIXBSD.
2001 –  Windows XP.
2004 –  Núcleo Linux 2.6.c
2006 –  Windows Vista
2009 – Windows 7

 

Cartões perfurados e fitas magnéticas

 
São muitas as histórias que se contam da era do cartão perfurado. Herman Hollerith criou a tabulating machine (máquina de tabular) em 1890, nos Estados Unidos, e testou os cartões perfurados no censo norte-americano desse ano, obtendo enorme sucesso. Sua técnica foi então exportada para a Rússia, Áustria, Canadá, França, Noruega, Porto Rico, Cuba e Filipinas. Em 1924, a Computing-Tabulating-Recording Company (CTR), resultado de uma fusão da empresa de Hollerith com duas outras, se transformou na International Business Machines Corporation (IBM), que trouxe as primeiras máquinas de tabular para o Brasil na década de 1960.O volume de informações que o Serpro processava para a Receita Federal era muito maior do que imaginavam os criadores dos primeiros sistemas. E surgiram no Brasil algumas invenções para racionalizar o trabalho: é o caso do concentrador de teclados, uma só máquina recebendo dados de 32 teclados, simultaneamente. As digitadoras – a maioria, mulheres – ficavam numa espécie de estrela formada pelas mesas dispostas em círculo. Para quem viveu nessa época, o equipamento era chamado STV- 1600 “telinha e telão”.
 
 
A fita K7, também chamada de fita magnética, era utilizada por ser considerada uma das maneiras mais viáveis, ou seja, mais baratas, de armazenar informação. Essas informações poderiam ser textos, fotografias e sons. A tecnologia da gravação magnética era utilizada nos gravadores de fita K7, disquetes, discos rígidos e cartões magnéticos, mais conhecidos como cartões de créditos.
Fita magnética é uma mídia de armazenamento não-volátil que consiste em uma fita plástica coberta de material magnetizável. A fita pode ser utilizada para registro de informações analógicas ou digitais, incluindo áudio, vídeo e dados de computador.
As fitas cassete (K7) possuem uma camada muito fina de partículas magnéticas formadas pelos elementos Fe2O3 ou Cr2O3, com a finalidade de armazenar as informações, nelas gravadas, na forma de regiões magnetizadas. As partículas magnéticas possuem tamanhos muito pequenos, de apenas alguns micrômetros e consistem de uns poucos domínios magnéticos.